Há 20 anos atrás, na Eco 92, a preocupação dos líderes
mundiais eram as ameaças armadas das favelas, tráfico de drogas, assaltos,
sequestros, entre outros. Passados 20 anos, o cenário mudou por completo. Com a
pacificação das favelas do Rio de Janeiro e uma mudança de conduta vinda da
secretaria de segurança, as preocupações para a Rio +20 mudaram de foco.
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Tanque em grande avenida do Rio de Janeiro durante treinamento para conveção da ONU sobre o meio ambiente em 1992 - Julio Pereira/AFP |
Para a Rio +20, os alertas principais serão os ataques
virtuais aos sistemas de internet e investidas terroristas. Por esse motivo, o
Ministério da Defesa estará em alerta máximo durante todo o evento, com equipes
altamente preparadas e o exército nas ruas. O Brasil está preparado para
responder a qualquer ameaça, inclusive ataques químicos, nucleares e
biológicos, como afirma o general do Exército Adriano Pereira Junior. A
segurança da Rio +20 mobilizará 12.800 homens e mulheres das Forças Armadas,
além de milhares agentes das polícias federal e militar.
Quanto ao Ciberterrorismo, o planejamento de segurança prevê o
combate à intervenção de hackers nos sistemas da Rio +20, pois grande parte dos
documentos da conferência será produzido e distribuído em meios eletrônicos.
Para escapar do trânsito do Rio de Janeiro, os chefes de
estado terão a opção de se locomover pelo ar. No Riocentro, onde a cúpula será
realizada, serão instalados três helipontos. Dezesseis helicópteros serão
utilizados para o transporte e segurança de autoridades. A FAB vai ficar
encarregada de inspecionar as aeronaves antes de cada voo e também vai
monitorar o espaço aéreo.
Segundo o general Adriano, não há exigências especiais de
chefes de estado para a segurança oferecida pelo Brasil. Ele explica que o
procedimento segue protocolos internacionais. Os chefes de estado trazem seus
seguranças pessoais, que ficam no entorno imediato à autoridade. As demais
medidas para a defesa cabem ao país sede. "Os seguranças que acompanham as
delegações nos questionam sobre alguns aspectos para saber se nós estamos
considerando algumas ameaças que eles tenham levantado.
Referência:
BULCÃO, L; A
segurança da Rio+20: o inimigo agora é outro. Revista Veja, 25 mar.2012.
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