domingo, 25 de março de 2012


Há 20 anos atrás, na Eco 92, a preocupação dos líderes mundiais eram as ameaças armadas das favelas, tráfico de drogas, assaltos, sequestros, entre outros. Passados 20 anos, o cenário mudou por completo. Com a pacificação das favelas do Rio de Janeiro e uma mudança de conduta vinda da secretaria de segurança, as preocupações para a Rio +20 mudaram de foco.
Tanque em grande avenida do Rio de Janeiro durante treinamento para conveção da ONU sobre o meio ambiente em 1992 - Julio Pereira/AFP
Para a Rio +20, os alertas principais serão os ataques virtuais aos sistemas de internet e investidas terroristas. Por esse motivo, o Ministério da Defesa estará em alerta máximo durante todo o evento, com equipes altamente preparadas e o exército nas ruas. O Brasil está preparado para responder a qualquer ameaça, inclusive ataques químicos, nucleares e biológicos, como afirma o general do Exército Adriano Pereira Junior. A segurança da Rio +20 mobilizará 12.800 homens e mulheres das Forças Armadas, além de milhares agentes das polícias federal e militar.
Quanto ao Ciberterrorismo, o planejamento de segurança prevê o combate à intervenção de hackers nos sistemas da Rio +20, pois grande parte dos documentos da conferência será produzido e distribuído em meios eletrônicos.
Para escapar do trânsito do Rio de Janeiro, os chefes de estado terão a opção de se locomover pelo ar. No Riocentro, onde a cúpula será realizada, serão instalados três helipontos. Dezesseis helicópteros serão utilizados para o transporte e segurança de autoridades. A FAB vai ficar encarregada de inspecionar as aeronaves antes de cada voo e também vai monitorar o espaço aéreo.
Segundo o general Adriano, não há exigências especiais de chefes de estado para a segurança oferecida pelo Brasil. Ele explica que o procedimento segue protocolos internacionais. Os chefes de estado trazem seus seguranças pessoais, que ficam no entorno imediato à autoridade. As demais medidas para a defesa cabem ao país sede. "Os seguranças que acompanham as delegações nos questionam sobre alguns aspectos para saber se nós estamos considerando algumas ameaças que eles tenham levantado.

Referência:
BULCÃO, L; A segurança da Rio+20: o inimigo agora é outro. Revista Veja, 25 mar.2012.

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